História que trago em mim...
Sou filha de contrastes, encontros, diferenças....filha de um grande amor.
Meu pai (Martin Krisam) era alemão, filósofo, teólogo e também formado em matemática pura. Falava vários idiomas, inclusive o latim. Era católico e militante anti nazista, no período entre guerras.Foi prisioneiro de Hitler e teve de fugir, atravessando a Europa a pé, e chegando depois ao Brasil. Aqui conheceu Leonor, minha mãe, uma agricultora analfabeta, que só conhecia o vilarejo perto do sítio e trabalhou na roça desde muito menina. Tinha uma mão encantada para plantar! Costurava, era uma bordadeira de mão cheia e contava muitas histórias pitando seu cigarrinho de palha.Foi um amor para a vida toda!Juntos enfrentaram muitas dificuldades no período da guerra: meu pai era alemão e o Brasil e a Alemanha eram inimigos. Meu pai era anti nazista e muitos alemães aqui eram nazistas e não o aceitavam.Sofreram a perda da primeira filha, sofreram pelas perdas de pessoas queridas na guerra. Ao final da guerra, meu pai queria ir à Alemanha para rever a família e apresentar minha mãe: foram anos de tentativas, o consulado alemão só dava o visto para meu pai e não para minha mãe. Ele bateu o pé e acabou nunca mais retornando à sua terra.
Nós, as filhas, tínhamos as histórias contadas, poucos objetos e poucas fotos de meu pai e da sua historia antes de aqui chegar. Agora,, tantos anos depois, minha irmã conseguiu contato com um primo na Alemanha e começamos a receber, fotos, documentos e livros que contam a história de meu pai e sua participação nos acontecimentos pré guerra na Alemanha.
Me encantou dois poemas de meu pai adolescente (que não sei o que dizem, pois não leio alemão e ainda não foi traduzido) e algumas fotos, em especial a de meu pai motoqueiro...
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
eu preciso ser outros.....
Retrato do artista quando coisa
A maior riqueza
do homem
é sua incompletude.
Nesse ponto
sou abastado.
Palavras que me aceitam
como sou
— eu não aceito.
Não aguento ser apenas
um sujeito que abre
portas, que puxa
válvulas, que olha o
relógio, que compra pão
às 6 da tarde, que vai
lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai. Mas eu
preciso ser Outros.
Eu penso
renovar o homem
usando borboletas.

Manoel de Barros
do homem
é sua incompletude.
Nesse ponto
sou abastado.
Palavras que me aceitam
como sou
— eu não aceito.
Não aguento ser apenas
um sujeito que abre
portas, que puxa
válvulas, que olha o
relógio, que compra pão
às 6 da tarde, que vai
lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai. Mas eu
preciso ser Outros.
Eu penso
renovar o homem
usando borboletas.

Manoel de Barros
segunda-feira, 21 de abril de 2014
LAPINHAS OU PRESÉPIOS
Aqui no Nordeste, chamamos lapinhas, no sudeste chamamos de presépios.
São encantadoras e uma das tradições que gosto muito.
Alguns anos atrás criei várias, com papel, papel machê e material reaproveitado. Também trabalhei a criação com crianças.
lapinha de papel machê e cabaçaslapinha de papel machê
Esta lapinha, feita com reaproveitamento de materiais, foi um projeto maravilhoso com alunos da 1ª série da Escola Vovó Eulália, em Maceió. Estudamos a história das lapinhas, seu significado e os alunos criaram esta preciosidade.
domingo, 20 de abril de 2014
Bonecos
Sou apaixonada por bonecos e fantoches, de todos os tipos.....
Teve um período na minha vida que criei muitos bonecos e fiz muitas oficinas com diversas técnicas e materiais.
Aqui estão alguns, enchendo meu domingo de lembranças....
Estes para a exposição Tatibitati, da Fátima Maia
Teve um período na minha vida que criei muitos bonecos e fiz muitas oficinas com diversas técnicas e materiais.
Aqui estão alguns, enchendo meu domingo de lembranças....
Estes para a exposição Tatibitati, da Fátima Maia
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