sábado, 13 de dezembro de 2014

História que trago em mim...

    Sou filha de contrastes, encontros, diferenças....filha de um grande amor.
Meu pai (Martin Krisam) era alemão, filósofo, teólogo e também formado em matemática pura. Falava vários idiomas, inclusive o latim. Era católico e militante anti nazista, no período entre guerras.Foi prisioneiro de Hitler e teve de fugir, atravessando a Europa a pé, e chegando depois ao Brasil. Aqui conheceu Leonor, minha mãe, uma agricultora analfabeta, que só conhecia o vilarejo perto do sítio e trabalhou na roça desde muito menina. Tinha uma mão encantada para plantar! Costurava, era uma bordadeira de mão cheia e contava muitas histórias pitando seu cigarrinho de palha.Foi um amor para a  vida toda!Juntos enfrentaram muitas dificuldades no período da guerra: meu pai era alemão e o Brasil e a Alemanha eram inimigos. Meu pai era anti nazista e muitos alemães aqui eram nazistas e não o aceitavam.Sofreram a perda da primeira filha, sofreram pelas perdas de pessoas queridas na guerra. Ao final da guerra, meu pai queria ir à Alemanha para rever a família e apresentar minha mãe: foram anos de tentativas, o consulado alemão só dava o visto para meu pai e não para minha mãe. Ele bateu o pé e acabou nunca mais retornando à sua terra. 
Nós, as filhas, tínhamos as histórias contadas, poucos objetos e poucas fotos de meu pai e da sua historia antes de aqui chegar. Agora,, tantos anos depois, minha irmã conseguiu contato com um primo na Alemanha e começamos a receber, fotos, documentos e livros que contam a história de meu pai e sua participação nos acontecimentos pré guerra na Alemanha.
Me encantou dois poemas de meu pai adolescente (que não sei o que dizem, pois não leio alemão e ainda não foi traduzido) e algumas fotos, em especial a de meu pai motoqueiro...

Adoro mandalas e máscaras....voltei a estudá-las.....


imagens em branco
Silhuetas que dançam, dançam.......(Festival de Dança, SESC, 2014














quarta-feira, 19 de novembro de 2014

eu preciso ser outros.....

Retrato do artista quando coisa

A maior riqueza
do homem
é sua incompletude.
Nesse ponto
sou abastado.
Palavras que me aceitam
como sou
— eu não aceito.
Não aguento ser apenas
um sujeito que abre
portas, que puxa
válvulas, que olha o
relógio, que compra pão
às 6 da tarde, que vai
lá fora, que aponta lápis,
que vê a uva etc. etc.
Perdoai. Mas eu
preciso ser Outros.
Eu penso
renovar o homem
usando borboletas.

Manoel de Barros

segunda-feira, 21 de abril de 2014

LAPINHAS OU PRESÉPIOS

Aqui no Nordeste, chamamos lapinhas, no sudeste chamamos de presépios. 
São encantadoras e uma das tradições que gosto muito.
Alguns anos atrás criei várias, com papel, papel machê e material reaproveitado. Também trabalhei a criação com crianças.
                                          lapinha de papel machê e cabaças


    lapinha de papel machê



   Esta lapinha, feita com reaproveitamento de materiais, foi um projeto maravilhoso com          alunos da 1ª série da Escola Vovó Eulália, em Maceió. Estudamos a história das lapinhas,      seu significado e os alunos criaram esta preciosidade.

domingo, 20 de abril de 2014

Bonecos

Sou apaixonada por bonecos e fantoches, de todos os tipos.....
Teve um período na minha vida que criei muitos bonecos e fiz muitas oficinas com diversas técnicas e materiais.
Aqui estão alguns, enchendo meu domingo de lembranças....

 Estes para a exposição Tatibitati, da Fátima Maia










Criações em papel machê



     
   








                         


Máscaras - exposição SESC Alagoas 1999