
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
A função da arte
Eduardo Galeano
Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o Sul.
Ele, o mar, estava do outro lado das dunas altas, esperando.
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos. E foi tanta a imensidão do mar, e tanto fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
- Me ajuda a olhar!
segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Importa é nos sentirmos vivos
e alvoroçados, mais uma vez,
e revestidos de beleza,
a exata beleza que vem dos gestos espontâneos
e do profundo instinto de subsistir
enquanto as coisas em redor se derretem e somem,
como nuvens errantes no universo estável .
Prosseguimos.
Reinauguramos.
Abrimos olhos gulosos a um sol diferente
que nos acorda para os descobrimentos.
Esta é a magia do tempo.
Esta é a colheita particular
que se exprime no cálido abraço e no beijo comungante,
No acreditar na vida e na doação de vivê-la
em perpétua procura em perpétua criação.
E já não somos apenas finitos e sós.
(trecho poema REINAUGURAÇÃO, Carlos Drumond de Andrade)
texturas em caixinhas
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
domingo, 4 de setembro de 2011
Felicidade
"As pessoas mais felizes não
têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das
oportunidades que aparecem
em seus caminhos.
A felicidade aparece para
aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam
e tentam sempre.
Clarice Lispector
sábado, 27 de agosto de 2011
A MEMÓRIA DA ÁRVORE....
"Sete mulheres sentaram-se em círculo. De longe, da sua cidade (...) Ak'abal havia trazido para elas algumas folhas secas, recolhidas ao pé de um cedro. Cada uma das mulheres quebrou uma folha, suavemente, contra o ouvido.
E assim abriu-se a memória da árvore: Uma sentiu o vento soprando junto à sua orelha. Outra, a fronde, que devagarinho, balançava. Outra, um bater de asas de pássaros. Outra disse que em sua orelha chovia. Outra escutou um bichinho qualquer que corria. Outra, um eco de vozes. E outra um lento rumor de passos ."
A árvore que recorda.
Eduardo Galeano.Parte inferior do formulário
segunda-feira, 6 de junho de 2011

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