segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Nossa idade, - velho ou moço – pouco importa.

Importa é nos sentirmos vivos

e alvoroçados, mais uma vez,

e revestidos de beleza,

a exata beleza que vem dos gestos espontâneos

e do profundo instinto de subsistir

enquanto as coisas em redor se derretem e somem,

como nuvens errantes no universo estável .

Prosseguimos.

Reinauguramos.

Abrimos olhos gulosos a um sol diferente

que nos acorda para os descobrimentos.

Esta é a magia do tempo.

Esta é a colheita particular

que se exprime no cálido abraço e no beijo comungante,

No acreditar na vida e na doação de vivê-la

em perpétua procura em perpétua criação.

E já não somos apenas finitos e sós.

(trecho poema REINAUGURAÇÃO, Carlos Drumond de Andrade)

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